sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Futuro INCERTO de Um Potencial Gigante - Náutico


foto: https://timbuguerreiro.files.wordpress.com

O futebol contemporâneo está seguindo um caminho imposto pelo mercado, arenas multiuso, seletividade do público, cifras milionárias, mas alguns torcedores e dirigentes do Náutico não conseguem enxergar a história caminhando e empurram o clube pro amadorismo e o consequente desaparecimento. 

Nos anos de 1930 quando o futebol brasileiro começou a se profissionalizar houve também forte e justa resistência como existe hoje, mas a história não parou e os clubes que insistiram em parar ficaram pra trás ou desapareceram e é isso que vemos hoje com o Náutico, a resistência a ser grande.

Os grandes clubes do Brasil e do mundo estão vinculados a estádios modernos ou arenas, por que devemos remar contra a maré? A campanha 'volta Aflitos', mostra o romantismo, mas também o atraso, a ignorância e o comodismo em ser eternamente um clube pequeno em nível nacional e internacional.

Para citarmos um exemplo, qual clube nacional de ponta está atrelado a um estádio obsoleto? Santos FC e CR Vasco da Gama, os demais clubes grandes do Brasil estão ligados a algum estádio moderno ou em fase de modernização ou com capacidade de público acima de 40 mil pessoas, então por que insistir em jogar num estádio dos anos de 1930, com capacidade inferior a 20 mil pessoas? Ignorância e romantismo.

Se ao menos o clube tivesse obtido grandes conquistas naquele estádio, seria um caso a se pensar, mas o que o Náutico ganhou de importante nos mais de 70 anos jogados nos Aflitos? Nada, se considerarmos títulos estaduais como algo menor, e é um título menor. 

Os empecilhos são ínfimos que os contrários aos jogos na Arena Pernambuco enumeram, o problema da mobilidade é crônico nas grandes cidades do Brasil e nos Aflitos não era diferente, mas grande parte dos simpatizantes do Náutico residem no entorno dos Aflitos e dão chilique por que precisam se deslocar para um local mais distante, mas se o time for bom, a torcida enche ônibus até pra Caruaru. 

O horário dos jogos é outro empecilho nacional, não é 'privilégio' dos torcedores do Náutico ter que enfrentar um horário criminoso das 22 horas por causa da imposição da tv. 

Ser pequeno é uma escolha e parece que os que comandam hoje o Náutico optaram pela mediocridade, cogitar voltar aos aflitos significa se consolidar como um time pequeno até o desaparecimento em médio prazo, a dificuldade em arrumar parceiros econômicos não tem a ver com a crise econômica, tem a ver com a falta de projetos e de inovação, o Náutico já tem uma arena e uma quantidade de simpatizantes para ser grande, falta só o resto, o clube.

Uziel Carneiro 


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