sábado, 12 de dezembro de 2009

Série Letras de Musicas que Marcaram: Nascedouro

"Nascedouro"
Composição: Nação Zumbi

NascedouroAbrindo os olhos pra tudo que brilha
mas nem só de ouro, nem só de ouro
Acende a vida e inicia o grande drama
Apressado e sem ensaio
Sangrando uma vez por dia e nascendo de novo
Aprendendo no jogo
E ainda digo queQue nem só de ouro, nem só de ouro
É preciso pra viverLadeira descendo e ainda dizer
Quem não vai torcerPro coração baterDá-lhe viver!Dá-lhe viver!
E quem não vai torcerPro coração baterDá-lhe viver!Dá-lhe viver!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


o climograma acima representa as áreas de clima equatorial, como o norte do Maranhão, precipitações constantes durante o ano podendo chegar a 2000 mm, as temperatura tambem sao elevadas o ano inteiro.

o clima acima representa uma area do semi-árido nordestino, com precipitações concentradas no início do ano e temperaturas elevadas os doze meses do ano.


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

aqui vos apresento o climograma de um município do semi-árido brasileiro, Macau no Rio Grande do Norte. Este clima como comentamos em aula apresenta precipitações(chuvas) em torno de 200mm a 800mm/ ano, que normalmente se concentra num curto espaço de tempo, irregular ao longo do ano, de acordo com o climograma abaixo, as barras verticais representa o total mensal de chuvas, verifiquem que a concentração ocorre nos meses de fevereiro a maio. A linha horizontal representa a temperatura mensal e esta se apresenta elevada o ano inteiro conforme figura abaixo.

Climas do Brasil


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

NAFTA : Texto interessente

abaixo o link com um ótimo artigo sobre o NAFTA, vale a pena ler e verificar a inviabilidade de formaçao de bloco economico com uma superpotencia.

http://blog.clickgratis.com.br/professorfelipe/71468/Uma+vis%E3o+cr%EDtica+do+NAFTA+-+acordo+de+livre+com%E9rcio+da+Am%E9rica+do+Norte.html#

domingo, 25 de outubro de 2009

sobre o fracasso da ALCA

pesquisem também este link:

http://www.brasilescola.com/geografia/fracasso-da-alca.htm#

ALCA (Área de Livre Comércio das Américas)

O que é a ALCA?

É a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), acordo proposto pelos Estados Unidos da América onde se criaria uma zona sem barreiras alfandegárias disseminando assim a entrada de produtos norte-americanos nas Américas Central e Sul.

Participariam desse acordo 34 nações americanas, com exceção de Cuba por ter divergências ideológicas com os Estados Unidos. O primeiro prega o socialismo e a soberania, já o segundo pratica o capitalismo.

Valor do Produto Interno Bruto e número populacional

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 34 países seria de aproximadamente 13 trilhões de dólares, superando em 2 trilhões o PIB da União Européia (UE). A população da ALCA seria cerca de 850 milhões de habitantes, já a da União Européia é de cerca de 374 milhões. Isso faria com que a hegemonia da União Européia decrescesse, dessa forma a ALCA igualaria ou superaria o bloco europeu.

Antecedentes

O capitalismo na década de 1990 encontrava-se em um momento muito importante, diversos continentes davam início à corrida pela criação de Blocos Econômicos Supranacionais, todos com intuito de fortalecerem suas economias. Diante dessa nova realidade o então presidente norte-americano, George Bush, anunciou suas novas regras estratégicas com a criação de uma zona de livre comércio. Na tentativa de aumentar a entrada de produtos norte-americanos nas demais Américas. Porém, esse acordo foi parcialmente esquecido, sendo retomado em 1994, pelo sucessor de Bush, Bill Clinton.

Criação

A primeira reunião entre a Cúpula Americana para discutir esse acordo ocorreu em 1994, momento em que foi exposto o desejo norte-americano de unir as Américas, utilizando como principal argumento a luta pela hegemonia das Américas.

Finalidade

A princípio, a ALCA iria acabar gradativamente com as barreiras comerciais e de investimentos, com isso aproximadamente 85% dos produtos e serviços transacionados na região ficariam isentos de impostos. Cada país ou bloco iria estabelecer sua própria alíquota de importação para países não pertencentes ao grupo.

Reuniões

Após a primeira Cúpula para discutir a ALCA, em Miami, os Ministros de Comércio do Hemisfério se reuniram quatro vezes para formular e executar um plano de ação para o acordo.

Apoio

Uma comissão tripartite foi criada para dar apoio técnico e analítico à ALCA, foi composta pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O que significa o acordo para seus defensores?

A ALCA daria origem a um paraíso de consumo, eliminando qualquer restrição à circulação de mercadorias, serviços e capitais.

O que representaria esse acordo para a maioria da população?

Segundo o embaixador Samuel Pinheiro, “o livre comércio daria condição ao cidadão para comprar importados mais baratos e de melhor qualidade. Mas o consumidor, na condição de trabalhador, poderia perder o seu emprego. Os importados mais baratos acarretariam dificuldades para as fábricas ou empresas, fato que poderia gerar desemprego”.

Osvaldo Martínez (diretor do Centro de Investigações da Economia Mundial e Prêmio Nacional de Economia em Cuba) diz que: - “A ALCA seria um projeto norte-americano para criar um acordo de livre comércio entre a economia dos Estados Unidos, a mais rica e poderosa do planeta, e as economias latino-americanas e caribenhas, subdesenvolvidas, endividadas, dispersas e cujo Produto Interno Bruto, somado, é quase dez vezes inferior ao dos EUA. Podendo concluir que não é nem mais nem menos, do que um projeto de integração entre o tubarão e as sardinhas.”

fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/alca.htm

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Gabarito da Ficha de Geografia de Pernambuco PM/PE

1 . VFVFV
2. VVFFF
3. d
4. d
5. a
6. vvffv
7. d
8.
9. c
10. fvfvv
11. a) corte / leiteira b) bezerros / bezerros c) brejo da madre de deus d) belo jardim
12. d
13. a) palmares b) nazare da mata c) macaparana / vicencia d) 3 / mata meridional, vitoria de santo antao e mata setentrional.
14. d
15. vfvvv
16. b
17. I - cabo de santo agostinho II- camaragibe / igarassu III-ipojuca IV-olinda.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009




férias na cidade maravilhosa em fotos:




quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Honduras libre


A Marcha Nacional de Resistência Popular reuniu em Tegucigalpa, capital de Honduras, mais de 50 mil pessoas vindas do interior e da própria cidade para exigir a volta do presidente Manuel Zelaya, deposto em 28 de junho. A manifestação foi organizada por movimentos, partidos e organizações integrantes da Frente Nacional de Luta Contra o Golpe de Estado, entre eles a Via Campesina, a Confederação Nacional Indígena, diversos setores do movimento sindical, a Federação Universitária Revolucionária e a Frente dos Advogados contra o Golpe.
A repressão da tropa de choque não conseguiu deter a resistência popular. De acordo com Juan Barahona, coordenador geral da Frente, “quanto mais o governo golpista reprime, mais forte é a resistência do povo. Enquanto não se restituir a ordem constitucional, permaneceremos na resistência e estamos dispostos a ir às últimas consequências”.

Passados mais de dois meses do golpe militar, a permanência dos
golpistas no poder é encorajada por aqueles que vêem a crise em
Honduras como uma oportunidade de frear o avanço da luta dos povos na
América Latina. A ação dos golpistas é referendada pelo apoio material
do embaixador dos Estados Unidos em Honduras e de agentes da CIA, e
pelo silêncio cúmplice do governo norte-americano. Entretanto, o
presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou ter informações de que a
ordem para sequestrar e expulsar o presidente Zelaya, no dia do golpe,
partiu da base militar estadunidense de Palmerola. Instalada em
território de Honduras, a base serviu nos anos 1980 como apoio à
chamada “guerra suja” contra a Nicarágua sandinista e as guerrilhas em
El Salvador e na Guatemala. “Transformaram Honduras em uma plataforma
imperialista para agredir os povos centro-americanos. E os governos que
trataram de frear a agressão ianque foram depostos, inclusive o de
Zelaya”, disse Chávez.

As mobilizações antigolpistas em Honduras comprovam o que disse o líder
indígena Salvador Zuñiga, dirigente do movimento pró-democracia no
país: “Apesar dos momentos difíceis, a resistência não cessará. Mais
cedo do que se pensa viveremos dias de vitórias”.
retirado de "averdade.org.br"

sábado, 5 de setembro de 2009

Série: Letras de Canções que me marcaram: Propaganda


"Propaganda"

composição: rodrigo brandao, jorge du peixe e gilmar bola 8.

Nação Zumbi


Comprando o que parece serProcurando o que parece serO melhor pra vocêProteja-se do que vocêProteja-se do que você vai quererPara as poses, lentes, espelhos, retrovisoresVendo tudo reluzenteComo pingente da vaidadeEnchendo a vista, ardendo os olhosO poder ainda viciando cofresRevirando bolsosRendendo paraísos nada artificiaisAgitando a feira das vontadesE lançando bombas de efeito imoralGás de pimenta para temperar a ordemGás de pimenta para temperarCorro e lanço um vírus no arSua propaganda não vai me enganarComo pode a propaganda ser a alma do negócioSe esse negócio que engana não tem almaVendam, compremVocê é a alma do negócioNecessidades adquiridas na sessão da tardeA revolução não vai passar na tv, é verdadeSou a favor da melô do camelô, ambulanteMas 100% antianúncio alienanteCorro e lanço um vírus no arSua propaganda não vai me enganarEu vi a lua sobre a BabilôniaBrilhando mais do que as luzes da Time SquareComo foi visto no mundo de 2020A carne só será vista num livro empoeirado na estanteComo nesse instante, eu tô tentando lhe dizerQue é melhor viver do que sobreviverO tempo todo atento pro otário não ser vocêVocê é a alma do negócio, a alma do negócio é vocêCorro e lanço um vírus no arSua propaganda não vai me enganar

2º Encontro Nacional de Direito Civil e Processo Civil - dia 04 parte 1




o 2º encontro nacional de direito civil e processo civil está ocorrendo em Recife, nos dias 04 e 05 do presente mÊs, farei um breve resumo destes dois dias de encontro que com certeza enriqueceu e enriquecerá todos os participantes na área de Direito civil e processo civil.




no dia de abertura tivemos como palestrante os prof. Silvio Venosa, falando sobre o tema responsabilidade civil. o Prof Venosa colocou que a perda de uma oportunidade pode levar a uma indenização, ou seja, por situações alheias a vontade do agente, ele nao conseguiu cumprir algo que lhe traria um suposto ganho, ja existem casos na doutrina e nos tribunais que indicam o ganho de causa pela perda da oportunidade. Venosa também falou que o STJ ja prefixou valores para alguns tipos de indenização, ja para conter os excessos, mas nao pontuou em quais casos. Ele também explicou que as acções de indenização por dano moral ou extrapatimonial é algo recente no Brasil, datando de 10 a 15 anos, que até entao o direito brasileiro só punia ações que lesassem o patrimonio do individuo. Falou sobre a responsabilidade por "ricochete", a qual terei de analisar mais aprofundadamente, que a grosso modo significa a legitimidade do agente para pleitear um direito.




o palestrante seguinte foi o prof. Carlos Roberto, com o tema: responsabilidade civil, temas atuais. Ao longo de sua palestra descreveu vários casos recentes de ação relacionada à responsabilidade civil e indenização por danos morais.
continua...







quinta-feira, 3 de setembro de 2009

minha Nova Tattoo




só para quem acessa meu blog, minha nova tattoo: para sempre! hehehe!!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Série: Letras de Canções que me marcaram: Construção


"Construção"

composição: chico buarque de holanda


Amou daquela vez como se fosse a última

Beijou sua mulher como se fosse a última

E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe

Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro

E se acabou no chão feito um pacote flácido

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último

Beijou sua mulher como se fosse a única

E cada filho seu como se fosse o pródigo

E atravessou a rua com seu passo bêbado

Subiu a construção como se fosse sólido

Ergueu no patamar quatro paredes mágicas

Tijolo com tijolo num desenho lógico

Seus olhos embotados de cimento e tráfego

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe

Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo

Bebeu e soluçou como se fosse máquina

Dançou e gargalhou como se fosse o próximo

E tropeçou no céu como se ouvisse música

E flutuou no ar como se fosse sábado

E se acabou no chão feito um pacote tímido

Agonizou no meio do passeio náufrago

Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico

Ergueu no patamar quatro paredes flácidas

Sentou pra descansar como se fosse um pássaro

E flutuou no ar como se fosse um príncipe

E se acabou no chão feito um pacote bêbado

Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir

A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir

Por me deixar respirar, por me deixar existir,Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir

Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir

Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir

E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir

E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,Deus lhe pague

Recuerdan aniversario 50 de la primera milicia campesina



por Ronald Suárez Rivas

EL MONCADA, Pinar del Río. — Con la solemnidad que demandan los grandes acontecimientos, los pinareños conmemoraron el aniversario 50 de la constitución de la primera milicia campesina de Cuba, conocida como Los Malagones.
En el memorial erigido como tributo a ese hecho y a los caídos en la lucha contra bandidos, en El Moncada, municipio de Viñales, Juan Paz Camacho, Juventino Torres Véliz, Cruz Camacho Ríos e Hilario Fernández Martínez, los cuatro integrantes de aquella tropa que aún viven, junto a familiares de los otros ocho legendarios milicianos que ya no están (cuyos restos descansan en este lugar) recibieron el homenaje de su pueblo.
Medio siglo atrás, en este mismo sitio, luego de conocer las tropelías que cometía una banda contrarrevolucionaria, Fidel le indicó a Leandro Malagón, un campesino de la zona, que preparara una partida de 12 hombres para capturar a los alzados en un plazo de tres meses. "Si ustedes triunfan, habrá milicias en Cuba", le aseguró el Comandante en Jefe.
El bandidismo se había convertido en una sanguinaria herramienta del imperialismo norteamericano para tratar de destruir el proceso revolucionario. En ese empeño, se apoyaron en ex militares de la tiranía batistiana prófugos de la justicia, a quienes organizaron y alentaron a cometer nuevos crímenes en las montañas cubanas, recordó Pedro Lázaro Martínez Pérez, primer secretario del partido en Viñales, al pronunciar las palabras centrales del acto.
Al terminar la ceremonia, la cual estuvo presidida por el miembro del Buró Político, Viceministro primero de las FAR, general de cuerpo de ejército Leopoldo Cintra Frías, Héroe de la República de Cuba, tuvo lugar la cancelación de un sello postal con la imagen de Leandro Malagón.
En la ceremonia estuvieron presentes, además, el Comandante del Ejército Rebelde, Julio Camacho Aguilera, Olga Lidia Tapia, primera secretaria del Partido en la provincia, el general de división Lucio Juan Morales Abad, jefe del Ejército Occidental, entre otros jefes y oficiales del Ministerio del Interior y de las Fuerzas Armadas Revolucionarias.


Saudades da Marcha


por Mino Carta

Não consegui evitar a célebre furtiva lacrima vertida no melodrama e pelos espíritos hipersensíveis. Foi por causa do Estadão de terça 25. Comovido, descobri que o jornal, digno estandarte da mídia nativa, pretende maior eficácia na “fiscalização dos grandes contribuintes” em vez de penalizar “velhinhos e aposentados”. Talvez a escolha não configure surpresa para o grande público da grande imprensa (grande? Talvez caiba mais o adjetivo imenso, no masculino e no feminino). Para mim, é. Sempre me ocorre recordar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Postei-me na esquina da rua Marconi com a Barão de Itapetininga, centro de São Paulo, e a vi passar enquanto o então governador, Adhemar de Barros, sobrevoava de helicóptero, a dedilhar as contas de um rosário. Deslizavam sobre o asfalto os pés bem calçados dos sócios do Harmonia e do Paulistano, acompanhados por seus fâmulos de pés não tão bem calçados. Vinham depois os sócios de outros clubes menos aristocráticos, a começar pelo Pinheiros, ex-Germânia, traziam domésticas em lugar de mordomos, quituteiras, jardineiros, motoristas, aias. Um ou outro cabeleireiro. Pedicuros, estes podem fazer falta. Os jornalões, a começar pelo Estado de S. Paulo, celebraram então o apoio da classe média à causa da liberdade ameaçada, contra Deus e a família. A deles. Sei da minha ignorância, e a confesso: nunca entendi o conceito de classe média no Brasil, país onde 95% dos cidadãos ganham de 800 reais por mês para baixo. Média no meio do quê? Os amigos economistas, alguns caríssimos, tentam colocar-me na bissetriz correta ao sabor de critérios para mim indevassáveis. Cheguei, às vezes, a meditar a respeito, e agora me arrependo. Na Barão transitavam os privilegiados, os donos do poder. Ou, se quiserem, os grandes contribuintes, que a mídia sempre defendeu por serem da turma. Perlustro, com a inextinguível dificuldade, a mídia nas suas manifestações hodiernas, via editoriais, colunas, artigos, coberturas jornalísticas (jornalísticas?) e leio e ouço a afirmação categórica de que uma rebelião da Receita está em pleno andamento. Depois da grita em torno das últimas do contumaz Sarney, a mídia cria o motim dos fiscais, e o mantém nas manchetes com sofreguidão. Tudo se faz para atapetar de pedras graúdas o caminho do governo, na perspectiva de 2010. A evocação do passado é inevitável. Recordo, porém, o adágio dos pensadores: a história costuma repetir-se como caricatura. Sim, parece até que a mídia está aí a programar uma nova marcha, sem dar-se conta da mudança do cenário, por mais evidente. O pessoal não prima pelo brilhantismo. Vamos aos fatos, como recomenda o verdadeiro jornalismo, este mar que a mídia nativa não navega. Houve é uma alteração mais ou menos profunda nos quadros da Receita. Sem razão alguma para questionar o afastamento de Jorge Rachid um ano atrás pelo ministro Mantega, e a nomeação em seu lugar de Lina Maria Vieira, não cabe agora discutir a demissão da secretária. Trata-se de cargos de confiança, e como tais têm de ser encarados. Se houve tentativa de rebeldia, foi por parte de dona Lina e, no mínimo, enveredou pelo patético. Não extrapola disso a rebelião da Receita. A inconformada protetora de velhinhos e aposentados, eleita a heroína dos eternos defensores dos grandes contribuintes, foi demitida, de fato, por incompetência e forte tendência ao lazer. Não justifica espanto, e assim seria em qualquer latitude, que os apaniguados de dona Lina saíssem com ela. Voltamos, porém, à pauta useira: qualquer pretexto serve para atacar o governo Lula. Sem deixar de falsear informações, manipular, omitir, mentir, todas práticas que distinguem o nosso jornalismo. Há jornalistas e há sabujos, está claro. Desconfio que estes prestem seus serviços aos derradeiros sonhadores de uma nova marcha.


extraído de cartacapital.com.br

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

lei 4.898/65 - Abuso de Autoridade é Crime


a lei 4.898/65 regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa CIvil e Penal, nos casos de abuso de autoridade. Ora, e por que eu venho tocar neste assunto? é que segundo a comissao de direitos humanos da Onu, o Brasil é o país que mais desrespeita as garantias civis dos cidadãos, os casos de abuso de autoridade sao constantes, resquícios do período de "chumbo", seja em estádios de futebol, seja nas periferias das grandes cidades, é comum, e eu, inclusive, ja passei pelo constrangimento de sofrer abuso por parte das "autoridades policiais". É impressionante como um camarada com uma arma e um distintivo mostra sua verdadeira face, não estou aqui generalizando, até por que conhecço bons policiais, mas existem pessoas que se transformam, ou melhor dizendo, se mostram de verdade, seu lado autoritário, tiranico, e como eles aprendem estes procedimentos na academia, acham legítimos para execrce-los diante da sociedade civil. Mas saibam senhores e senhoras, que o melhor remédio para poldar estes "engraçadinhos" está na lei, que rege os casos de abuso de autoridade. O cidadão que sentir abusado por qualquer autoridade pública, pode entrar com representação junto ao ministério público e à corregedoria, para que este anti-profissional seja punido. É um tema amplo, pena que esteja sem tempo de digitar mais...continuarei em outra oportunidade.

uziel carneiro

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Série: Letras de Canções que me marcaram: Black


"Black"

composição: Pearl Jam
"Preto"

Panos de tela vazios
Camadas de argila intocadas
Estavam espalhados frente à mim, como um dia o corpo dela esteve
Todos os cinco horizontes giravam ao redor de sua alma
Como a terra ao redor do sol
E agora o ar que eu provei e respirei, foi revezado
E o que eu ensinei a ela foi tudo
Eu sei que ela me deu tudo que ela pôde
E agora minhas mãos cortadas tremem sob as nuvens. O que era tudo aquilo?
Todas as pinturas estão sendo lavadas em preto
Tatuando tudo
Eu dou um passeio lá fora
Eu estou cercado por algumas crianças brincando
Eu posso sentir suas risadas, então por que eu me entristeço?
E giram pensamentos em círculos ao redor da minha cabeça
Eu estou girando, oh, eu estou girando
Quão rápido o sol, pode afastar-se

E agora minhas mãos machucadas embalam vidros quebrados, O que era tudo aquilo?
Todas as imagens estão sendo lavadas em preto
Tatuando tudo...

Todo amor virou mal
Levando o meu mundo pro escuro
Tatuando tudo o que vejo
O que sou
O que serei

Eu sei que um dia você terá uma vida maravilhosa
Eu sei que você será como uma estrela
No céu de um outro alguém
Mas por que?
Por quê?
Por que não poderia?
Por que não poderia ser no meu?

o desafio dos operadores jurídicos no século XXI será a ultrapassagem da tradição positivista que influencia a maioria dos juristas do nosso país, que os afasta da realidade social, dos desníveis da sociedade e os aproxima da "letra da lei", ensejando injustiças e alimentando o aumento da desigualdade social. Sabemos das dificuldades desta transição, do direito mecânico e dogmático para um direito mais humanizado e crítico, ainda mais com a proliferação de cursos jurídicos mercantilizados, cujo objetivo principal é a captaçao de recursos financeiros, lucro, em detrimento de uma formação acadêmica decente, que aproxime o estudante da realidade da sua sociedade, das injustiças e dos preconceitos, para combater os males que afetam a maior parte da população, interferir sim, quando o executivo nao cumprir o seu papel, cabe ao judiciário a promoção da justiça e da igualdade, não é aceitável a omissão e o distanciamento das camadas populares, o direito e seus operadores devem acima de tudo buscar a transformaçao da sociedade, baseado em preceitos como dignidade, justiça e equidade.


uziel carneiro

"sempre volto"

e daí eu volto para ti, sim, ´
percorro a infinitude do meu ser, as profundezas da minha alma,
me afasto de você, à procura de quê? não sei! talvez procure a mim mesmo,
mas só quando estou contigo me encontro, quanto mais me afasto de ti, mas me desencontro e não encontro razão, és minha fortaleza, meu grito de liberdade, minha ideologia.
quando estou dentro de mim, no meu isolamento, é aí que tenho certeza que a vida não está nas minhas divagações intrínsecas, nem no além, a vida só existe com você e para você, daí, volto para ti.

uziel carneiro

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Série: Letras de Canções que me marcaram: Último Romance


"Último Romance"

composição: Rodrigo Amarante


Eu encontrei quando não quis Mais procurar o meu amor

E quanto levou foi pr'eu merecerAntes um mês e eu já não sei
E até quem me vê lendo o jornal Na fila do pão, sabe que eu te encontrei

E ninguém dirá que é tarde demais Que é tão diferente assim

Do nosso amor a gente é que sabe, pequena
Ah vai!Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguémAfim de te acompanharE se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu encontrei e quis duvidarTanto clichê deve não serVocê me falou pr'eu não me preocuparTer fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocarA minha TV num jeito de te levarA qualquer lugar que você queiraE ir onde o vento forQue pra nós doisSair de casa já é se aventurar
Ah vai, me diz o que é o sossegoQue eu te mostro alguém afim de te acompanharE se o tempo for te levarEu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

O Fim da Ética Petista


Como é triste, para um amante da boa política, verificar que um partido político jogou sua marca no lixo, a ética e a coerência, marcas do antigo e bom PT antes do poder, já faz parte do passado. É interessante como as pessoas e as instituições mostram as suas faces quando conseguem lograr o posto mais alto, assim foi com o PT e não duvido que assim será com o meu simpático PC do B quando lograr o mesmo poder, já beliscando as migalhas deste mesmo poder o PC já começa a se descaracterizar, infelizmente está sendo assim. Fico triste por que o mínimo que esperamos dos agentes políticos, e principalmente daqueles que tínhamos admiração, Mercadante, Suplicy, dentre outros, é a coerência e a ética, mas os vemos esmagados pela conveniência do momento e pela oportunidade. Será que os nossos heróis morreram? Não sei, só sei que quem para de sonhar para de viver, e eu, não quero parar de viver.

uziel carneiro

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Série: Letras de Canções que me marcaram: Know Your Enemy


a música é uma das minhas maiores fontes de inspiração, por esse motivo, colocarei neste blog, uma série de letras de cançoes de artistas que influenciam e influenciaram na minha vida. Para começar nada melhor que a banda que mais marcou na minha vida, e que continuo escutando, assim como fazia ha mais dez anos atrás, Rage Against The Machine.


título: "Know Your Enemy" (Tradução)

composição: Rage Against The Machine


"Conheça o Seu Inimigo"

Nascido com percepção e um punho erguido
Uma testemunha para a fenda no pulso
Enquanto nos moviamos em 92
Ainda que numa sala sem visão
Você tem que saber
Você tem que saber
Que quando eu digo, vai, vai, vai
Aumentar e ampliar
Desafinar
Eu sou um cara com uma mente furiosa
Ação tem que ser tomada
Nós não precisamos da chave
Nós vamos arrombar

Algo tem que ser feito
Sobre a vingança, um distintivo e uma arma


Por que eu vou rasgar o microfone, rasgar o palco, rasgar o
sistema
Eu nasci com raiva contra eles

Punho na sua cara, no lugar
E eu vou largar o estilo claramente
Conheça seu inimigo!
Yeah!

A palavra nasceu
Lute a guerra, danem-se as regras
Agora eu não tenho paciência
Tão cansado de confiança
Com o D E S A C A T O
Mente de um revolucionário
Então limpe o beco
Um toque para a terra das correntes
O que? A terra de liberdade?
Quem te contou isso é seu inimigo

Agora algo tem que ser feito
Sobre a vingança, um distintivo e uma arma

Por que eu vou rasgar o microfone, rasgar o palco, rasgar o
sistema
Eu nasci com raiva contra eles

Agora ação tem que ser tomada
Nós não precisamos da chaves
Nós vamos arrombar

Eu não tenho paciência agora
Tão cansado de confiança
Eu não tenho paciência agora
Tão cansado de confiança
Cansado de cansado de cansado de cansado de você
O tempo para pagar chegou
Conheça seu inimigo!

Sim eu conheço meus inimigos
Eles são os professores que me ensinaram a lutar contra mim
mesmo
Acordo, comformidade, assimilação, obediência
Ignorância, hipocrisia, brutalidade, a elite
Todos esses são sonhos americano.


retirado do site: letrasterra

Jaboatão e o descaso com o povo


sai administração, entra administração e o descaso continua, a continuidade da política neoliberal dos governos elitistas de Jaboatão dos Guararapes so tem continuidade, o bairro de Jardim Piedade é um exemplo do descaso, falta de saneamento, iluminação deteriorada, ruas nao-pavimentadas, e quando chove, ruas alagadas, causando transtornos aos moradores, só um movimento forte, originado do próprio bairro, sem politicagens pode começar a reverter este triste cenário.


uziel carneiro

os Porões da Relação Brasil-EUA na ditadura Militar

Em 1971, quando o ditador brasileiro visitou os EUA, o anfitrião não hesitou em encher a bola do regime militar: “Para onde for o Brasil, irá o resto da América Latina”. Fez a alegria dos bajuladores. Nélson Rodrigues, que já dedicara uma coluna a louvar a beleza do ditador (“um perfil de moeda, de cédula, de selo”), escreveu em O Globo: “Aí está por que emudeceram todas as piadas (sic, como se não fossem censuradas...), porque o próprio Brasil deixa de ser uma piada. Quando reconhece o Milagre Brasileiro, Richard Nixon ensina o Brasil a ver Emílio Garrastazu Médici como o nosso maior presidente”. Por outro lado, deu dor de cabeça ao então chanceler Mário Gibson Barbosa. Já era difícil apaziguar a Argentina, decidida a bloquear Itaipu. O general Alejandro Lanusse, que via a obra como um polo econômico capaz de seduzir seu norte subdesenvolvido e uma ameaça estratégica à Bacia do Prata, fez de tudo para acirrar as desconfianças de outros países sul-americanos contra o Brasil. O Itamaraty gastou muita saliva para explicar o “mal-entendido”. Em 27 de maio de 2009, como parte de uma política de transparência, o governo Obama desclassificou o segredo de vários documentos sobre a diplomacia dos EUA de Dwight Eisenhower a Ronald Reagan. Em 16 de agosto, The National Security Archive, site de história da George Washington University, destacou cinco documentos relacionados à visita de Médici e mostrou como o suposto mal-entendido havia sido muito bem entendido. A ditadura brasileira era procuradora dos EUA na região e intervinha em países vizinhos de acordo com a Casa Branca. Participou da preparação do golpe contra Salvador Allende, ajudou a fraudar a eleição que deu a vitória ao Partido Colorado no Uruguai, socorreu a ditadura de Hugo Banzer na Bolívia e conspirou com Nixon contra o peruano Juan Velasco Alvarado. O destaque é o relatório de Henry Kissinger sobre o encontro, no qual o general Vernon Walters (elo entre os EUA e os golpistas brasileiros desde Jango e a Operação Brother Sam) serve de intérprete. Primeiro, os negócios: Médici pede mais recursos para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID, formalmente controlado por 48 países, sendo 30% do capital dos EUA), que há um ano proporcionara ao Brasil o maior financiamento já concedido a um país latino-americano, para a construção da hidrelétrica de Ilha Solteira. Nixon fala da dificuldade de persuadir o Congresso à “cooperação com a América Latina”, mas troca o tema espinhoso por outro no qual pode dar mais alegrias ao visitante. Garante que, apesar da realpolitik de Kisssinger, de distensão com a URSS de Brejnev e a China de Mao, nada mudaria quanto a Havana “enquanto Castro estiver no poder e continuar a tentar exportar a subversão”. Médici diz que essa posição “coincide exatamente com a do Brasil” e pede instruções sobre a proposta peruana de readmissão de Cuba na OEA: os EUA querem que o Brasil entre na comissão que estudaria a proposta e ajude a sabotá-la, ou prefere que o País se recuse a participar? Nixon fica de estudar a questão e responder depois, por uma linha confidencial, entre Kissinger e o coronel Manso Neto, assessor de Médici, à margem do chanceler brasileiro e do secretário de Estado William Rogers. O ditador quer ajudar os exilados cubanos a derrubar Fidel. Nixon diz que deviam, mas sem “incitá-los a fazer algo que não pudéssemos apoiar, nem deixar nossa mão aparecer”. Na prática, ignorou a sugestão, apesar da insistência de Médici. Médici relata uma negociação com Hugo Banzer, que lhe pedira para fiar 30 mil toneladas de açúcar, alegando que a falta do produto faria cair a nova ditadura boliviana (que três meses antes depusera o general nacionalista Juan José Torres) e daria lugar à extrema-esquerda. Quando o ditador brasileiro cedeu, o boliviano disse precisar também de dez Xavantes. Médici esnoba: tem “muita dificuldade em entender a mentalidade hispano-americana”. Recusou por “achar ridículo uma nação em dificuldades econômicas querer caças a jato”. Diz, por outro lado, ter persuadido o ditador paraguaio Alfredo Stroessner a vender energia da futura Itaipu à Bolívia, que, se não fosse ajudada, se tornaria comunista, receberia ajuda soviética e tentaria reverter o resultado da Guerra do Chaco. Nixon aprova. (Banzer cairia antes de Itaipu operar e o Brasil não permitiu ao Paraguai vender eletricidade a terceiros.) Zomba do vizinho por querer “tecnologia paraguaia” na represa – seria como querer tecnologia brasileira num projeto conjunto com os EUA, explica – e fala das dificuldades com a Argentina. Pretende “falar com muita franqueza” a Lanusse, quando vier ao Brasil, “não de presidente para presidente, mas de general para general”. Nixon se diz preocupado e gostaria que Médici lhe relatasse a visita. (Na recepção no Itamaraty, o ditador argentino acusaria o Brasil, sem aviso, de causar prejuízos à Argentina com Itaipu. Médici, inconformado, recusou-se a falar quando foram “conversar”. Os generais ficaram a olhar um para o outro em silêncio, até o chanceler brasileiro interromper a saia-justa chamando-os a se reunirem aos convidados.) Daí em diante, Nixon toma a iniciativa. Passa ao que mais lhe interessa: como vai o golpe contra Salvador Allende. Médici diz estar trabalhando para ele ser derrubado como João Goulart: os exércitos brasileiro e chileno trocavam oficiais e faziam planos. Nixon diz ser importante que os EUA e o Brasil trabalhem juntos e oferece dinheiro e qualquer ajuda que possa ser dada com discrição. Passa então a Velasco, que defendia Cuba na OEA. O general Walters sai do papel de intérprete para sugerir usar contra o general peruano, que conhecera quando ambos foram adidos em Paris, as relações extraconjugais com uma ex-miss Peru esquerdista, com a qual tivera um filho. (Allende foi deposto da maneira anunciada vinte meses depois, mas a sugestão de Walters deve ter sido descartada . Velasco só caiu em 1975, quando estava doente e enfrentava uma crise econômica.) Depois, Nixon pede informações sobre a construção da Transamazônica e outras estradas a serem ligadas com a rodovia Panamericana, pede a Médici para aprovar o comunicado conjunto e encerra a reunião. Outro memorando de Kissinger, liberado desde 2002, ficou agora mais interessante. Relata o encontro de Nixon com o primeiro-ministro britânico Edward Heath, onze dias depois. O presidente responde sobre Cuba: “Castro é radical demais até para Allende e os peruanos. Continua empenhado na subversão hemisférica, não há sinal de que esteja disposto a um acordo. Nossa posição é apoiada pelo Brasil, que, afinal, é a chave para o futuro. Os brasileiros ajudaram a fraudar a eleição uruguaia. O Chile é outro caso, a esquerda está em apuros. Há forças em ação que não desencorajamos”. No que se refere ao Uruguai, trata-se da eleição de 28 de novembro de 1971, na qual o colorado Juan María Bordaberry teve oficialmente 12 mil votos a mais que o blanco Wilson Ferreira. A denúncia de fraude foi rejeitada pela Justiça uruguaia, Bordaberry suspendeu a Constituição, proibiu sindicatos, dissolveu o Congresso, pôs os militares no poder e ficou como figura decorativa até 1976. Três outros documentos relacionados ao encontro foram liberados com cortes. Um memorando de Walters a Kissinger diz que Nixon ficou “muito impressionado e feliz com a relação pessoal e a proximidade de suas visões” e a admiração era mútua. Outro memorando, da CIA, relata reações dos militares brasileiros ao encontro: o general Dale Coutinho (comandante no Nordeste, depois ministro do Exército de Ernesto Geisel) queixa-se de que “os EUA obviamente querem que o Brasil faça o trabalho sujo”. No relatório da CIA sobre o Brasil, de janeiro de 1972, continuam secretos quatro dos cinco itens (ocultando ações dos EUA ou nomes de agentes?) e o quinto só trata de perspectivas: bom desempenho econômico (não se cogitava do choque do petróleo) e maior papel do Brasil nos assuntos hemisféricos, com possíveis intervenções e ações secretas contra governos de esquerda (Chile e Peru) e para sustentar seus aliados na Bolívia e no Uruguai. Águas passadas? Nem tanto. Embora a maioria desses personagens esteja morta ou esquecida (só Fidel e Kissinger ainda são influentes) e o cenário sul-americano tenha mudado muito, a estratégia e os métodos dos EUA na América Latina parecem essencialmente os mesmos. Além do respaldo mais que moral de Washington às tentativas de golpe contra Hugo Chávez e Evo Morales, é de notar a escala tecnicamente desnecessária na base estadunidense de Soto Cano, Honduras, do avião que levou o presidente hondurenho Manuel Zelaya de Tegucigalpa ao exílio na Costa Rica. Os golpistas tinham a quem pedir licença, no mínimo. Terá um Vernon Walters sugerido escândalos sobre o paraguaio Fernando Lugo? Foi a eleição do mexicano Felipe Calderón, em 2006, fraudada com ajuda externa? Não mostra o colombiano Álvaro Uribe tanta disposição quanto Médici a servir aos EUA e a barrar o retorno de Cuba à OEA defendido pela Venezuela? É difícil a um império velho aprender truques novos, mas às vezes os antigos funcionam.

Matéria extraída de: wwwcartacapital.com.br