Muito nos dias de hoje fala-se sobre o matrimônio, de como ele era duradouro no passado e de como ele é efêmero no presente, mas vejamos, assim como no passado o matrimônio não mudou muito, falo do matrimônio tradicional, o casal, sob o mesmo teto, a rotina e a busca pela formação da família e da estabilidade. Mas o fato é que do ponto de vista da relação à dois, o matrimônio é danoso por natureza, quando duas pessoas passam a conviver diariamente sob o mesmo teto, eles passam a se descobrir, nos seus defeitos, e aí está a dificuldade, nós tendemos a admirar as qualidades da outra pessoa, o casamento nos mostra os defeitos, normalmente. A médio prazo é difícil suportar a rotina e as qualidades negativas do companheiro, por isso, a tendência é o fim da paixão, a manutenção do amor, mas um casal jovial precisa de paixão acima do amor, o matrimônio na sua forma tradicional castra as paixões e alimenta o comodismo. Hoje, diferentemente do passado, as mulheres estão mais independentes, daí a tendência a buscar novas possibilidades na insatisfação do matrimônio, daí uma das respostas para a diminuição do tempo útil, nos dias atuais, do casamento, no passado a mulher era praticamente obrigada a permanecer infeliz no casório por causa dos fortes preconceitos sociais, que ainda hoje existe, em menor escala é verdade, mas assim como outros preconceitos, o contra a mulher divorciada vem diminuindo com o andamento da história da sociedade. É fato que o matrimônio precisa se reinventar, já existem exemplos de matrimônios bem sucedidos, numa forma nova, isso há que se discutir mais pra frente.
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