o céu não tem estrelas, frieza e escuridão nesta terra sem cantos
teu cheiro e teus cânticos não sentimos, não escutamos, nossos olhos estão cerrados
os sentidos foram perdidos, fome e abandono, guerra e ódio, eis a nossa herança
corpos e carne valendo menos que circuitos integrados
seguimos nos teus caminhos, mundo perdido, ilusão no além
carcaças errantes, esperam o fim acreditando no fantasma de Roma
olhos fechados, olfato bloqueado, não conseguimos, nos salve da agonia
corpos e flores valendo menos que o Cyber Tokyo
Continuaremos seguindo nos teus caminhos, árvores e bestas arrastadas para o além
saiam da frente, o cortejo irá passar
almas penantes, que pena me faz, o progresso é o fim...
canoas e asas quebradas, vidas e águas passadas, não importa,
seguiremos nos teus caminhos, o progresso é o fim.
uziel carneiro
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