domingo, 4 de julho de 2010

Eu e a Política


Minha formação ideológica e política, se deu desde cedo, quando acompanhava meu pai à sua seção eleitoral, vestido de vermelho, para votar. An0 1989, percebia através dele que nós pobres tinhamos que votar e apoiar os candidatos populares, lembro fortemente, que meu pai apoiara Lula e Miguel Arraes. Naquele momento nosso único caminho seria apoiar através do pleito eleitoral, apesar de não compreender conceitualmente a importância daquele evento, as eleições, mas já entendia qual deveria ser meu lado. Posteriormente conheci uma banda californiana chamada Rage Against The Machine, que também contribuiria para a minha formação, me atraiu em princípio, um clipe de "Bulls On Parade", na MTV, depois com uma fita cassete que Daniel "Juvenal" arrumou com um amigo, que continha o sensacional "Live y Rare", show ao vivo da banda. O Rage é uma das bandas mais politizadas que conheci, com letras muito consistente tratando de temas políticos, e eles colocavam sobre um dos caixas de som da banda uma bandeira com o rosto do lendário Ernestro "Che" Guevara, o que me faria interessar pela história deste grande revolucionário latino americano. Logo comprei o livro sobre Che, e daí veio a descoberta do marxismo-leninismo, o interesse pela revolução bolchevique de 1917, a revolução cubana de 1959, a revolução cultural chinesa, e aí passei a adorar a literatura revolucionária. Já entrei na univesidade com uma boa bagagem política, logo vi que partidos políticos que admirava representavam algo limitado para os meus sonhos, um partido crescente, organizado e com um discurso empolgante, mas percebi, que jamais seria revolucionário, e isso ficou provado quando chegou ao poder central do Estado, chegou no seu limite, foi inchando com os sanguessugas do poder, ficou parte do discurso, mas a prática passou a se assemelhar com aqueles que condenava e criticava, alguns saberão que partido é este. Desde então me identifiquei com um partido de vanguarda, o velho PC do B, partido revolucionário, mas que atualmente limita-se a justificar e servir o partido majoritário, é uma pena, figuras importantes cooptadas, mas ainda tenho esperanças e sonhos, e tenho acima de tudo muita vontade de ação, por isso, a vida segue e a minha base é a mesma, por mais que amadureça e me desiluda com alguns agentes políticos, o sonho nunca pode parar. Viva a política, avante ao socialismo!

2 comentários:

  1. Você tem uma história legal com a política. Certamente que muitos de nós temos vontade de agir frente a muitas dessas desordens que presenciamos todos os dias. Certamente que temos soluções pra boa parte desse caos político que vem se desenrolando ao longo desses nuitos anos. Quem se sente indignado sente vontade de agir, mas talvez muitos de nós estejamos um poucos desiludidos. Eu, por exemplo, me pergunto: fazer o que? Passeatas? Manifestos? Só isso não resolve. Por outro lado, eu não tenho perfil para entrar na política, como representante do povo. Estou muito mais para coadjuvante do que para atriz principal. O que você acha que podemos fazer? O que você me diz?

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  2. Que Legal UZI.
    A minha vida com política é bem intensa tb.
    Na Bahia a minha mãe foi uma das fundadoras do PT.
    Sindicato, Passeatas, Greves, Direitos, comunidades, sempre foram palavras do meu cotidiano.
    É isso. Depois prometo escrever um pouquinho mais sobre isso.

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