Vivendo novos tempos, em tese, o ensino de Geografia cada vez mais se afasta da didática decoreba, tão comum no ensino desta disciplina. Hoje, como não poderia deixar de ser, o ensino de Geografia deve aproximar o aluno do seu ambiente, do seu espaço de vivência, demonstrando como aquele grupo social, ao qual está inserido, se encaixa na dinâmica do capitalismo mundial; Mostrar o papel que o capital o reservou, que já sabemos ser, o da subserviência, da passividade e da ignorância, e o que pode ser feito para reverter esta injusta realidade, na qual um grupo minoritário detém a maior parte da riqueza e privilégios, enquanto a grande maioria se debate na miséria, na desempregabilidade e no preconceito social. O objetivo do ensino da geografia deve ser o de fazer o discente entender sua relação com o espaço, seu papel social, apontar os caminhos e deixar o aluno à vontade para escolher o que melhor lhe convier. O professor não deve ser imparcial e passivo, deve sim se posicionar, mas deve mostrar os diversos caminhos a seguir, não pode impor. A imparcialidade docente é ruim, por que os meios de comunicação são parciais, logo, não existe motivos para o Professor não apresentar o que pensa, pelo contrário, todos os motivos são dados pelos donos do poder, que sufocam nosso conhecimento e nossa liberdade, devemos fazer o mesmo, só que da periferia, e de forma a libertar e estimular a consciência crítico-reflexiva, aí o bom ensino de Geografia.
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