Filho da escravidão, desde o século XV, dos senhores fazendeiros,
nos navios negreiros e nas senzalas, nas favelas e nos presídios,
Filho da escravidão, ainda no século XXI, dos banqueiros, donos de empresas de comunicação, industriais...
Abolição de 1888, que abolição? nos escravizam, isto é o capital!
os meios de comunicação e a igreja, nos ensinam a passividade e a ignorância.
Nos humilham em rede local e nacional, mostram nossas caras miseráveis, e chacotam...
Filho da escravidão, nas favelas, nas calçadas, nas fábricas...
Nossas raças estão mais misturadas, mas nossas obrigações são as mesmas:
servir o nosso senhor, aceitar nosso destino, escravidão.
Mais um irmão enterrado, com uma bala na cabeça e narcótico no bolso...
Mais um apresentador enganador, com sua maquiagem e suas mentiras...
Mais alguns alienados na frente da tela, matam sua fome, enquanto matam e chacotam seus irmãos, filho de escravo morto na favela.
Mais alguns alienados ajoelhados na catedral, na frente, um senhor mentiroso com um livro numa mão e um cesto com dinheiro na outra, um jovem morto na favela.
Mais alguns alienados, acreditando nas mentiras do engravatado, que aparece de quatro em quatro anos, o teu filho está morto na escadaria.
Filho da escravidão, o capital é nosso senhor, nossa libertação nunca se completou.
Liberdade já!
uziel carneiro
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