domingo, 27 de junho de 2010

O Jogo da Minha Vida


Sim, ja é sabido dos meus camaradas minha grande paixão pelo Clube Náutico Capibaribe, e deste clube vem um jogo inesquecível da minha vida. Já iríamos completar 12 anos de jejum, sem ganhar títulos, algo que incomoda uma torcida fanáutica, e este jejum acabaria numa decisão inesquecível, dia 11 de julho de 2001, no estádio do Arruda, tradicional casa de festejos do Náutico. O Náutico já havia conseguido um resultado histórico, ao derrotar o Sport Recife no estádio da ilha do Retiro, por 2 a 1, o que já evitou que o rival fosse hexa-campeão, título exclusivo do Náutico, mas a grande glória viria contra o Santa Cruz, ser campeão no ano do centenário do clube, algo inédito em terras pernambucanas. Fui com meu camarada Daniel, lá encontramos conhecidos, muitos alvirrubros confiantes no fim do tabu, não havia como a taça não ser nossa, tinhamos mais time. No primeiro tempo já mostramos a superioridade, o Náutico perdeu muitos gols, fiquei com medo, o histórico recente do Náutico falava de um time que se amedrontava nos momentos decisivos, o Náutico jogava pelo empate, mas estava melhor no jogo. No segundo tempo, felizmente, com uma bobeada do Santa Cruz que cometeu um penalti infantil, Kuki foi lá, lembro que nem quis olhar, Daniel me puxava pedindo calma, mas só lembrava de todas as frustrações dos últimos onze anos, mas o baixinho foi lá, com categoria, cobrou no canto, gol timbu, abriu o placar, gol do Náutico, o arruda explodia. A torcida do Náutico, apesar da imensa vantagem, já havíamos vencído no primeiro jogo por 2 a 1, e agora 1 a o, o título estava muito próximo, mas o sentimento na nossa torcida era de receio, medo, estávamos acostumados a levar gols no final da partida, viradas incríveis, mas aí, Thiago Tubarão e toda a sua técnica, marcou o segundo gol, agora sim, a massa alvirrubra explodia, meus olhos já estavam cheios de lágrimas, depois de onze anos de sofrimento, a taça será nossa, cantamos até a voz não aguentar, o fim do jogo veio ainda com algum receio, mas o título já era nosso, não havia como o Santa Cruz virar, o título do centenário era nosso, viva o CNC, eterno hexa-campeão. Era o dia de tomar todas, após o jogo fomos para casa, mas primeiro lembro, fomos na casa de tricolores chatos, Fernando e Alberes, os acordamos no meio da madrugada, tiramos onda, os deixamos putos e fomos tomar cachaça até o dia raiar, como bons timbus. Esse foi o jogo de futebol inesquecível da minha vida, meu time campeão.

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