Nascido na periferia, comunidade pobre, favela (como gosta de rotular pejorativamente a mídia), eis a minha origem, e esta ninguém me arranca. Nascido no gueto, aí estão meus camaradas, minha família, o resto é resto. Eu sei quem são meus inimigos, e eles não estão na favela, sei quem são os capachos do Estado, eles são robôs, como tal não pensam, fazem, na favela são inimigos, usam fardas e se impõem com uma arma na cintura, são debéis e manipuláveis, tornaram-se inimigos de seu próprio grupo e pintam de autoridade. A minha origem ninguém arranca, sou da mistura de raças, sou da favela, sou dos marginais, esquecidos pela "elite", pelo Estado e pela mídia. Sou de onde falta saneamento, falta escolas e hospitais de qualidade, sou da favela, onde sobram igrejas e ignorância forçada, da favela, sobra vontade de viver e pressão social, sim nos pressionam, nos querem bonecos, nos fazem bonecos, mas somos a favela a resistência ao sistema, a resposta à hipocrisia e à injustiça, viva a favela!
uziel carneiro
E o que fazer para mudar essa realidade?
ResponderExcluirA favela não deve ser sinônimo de miséria.
Vamos trabalhar para mudar essa realidade.
A Favela deve tomar o poder, esta é a mudança!
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